BRASIL E ARGENTINA SE ENFRENTAM DA FINAL DO VÔLEI FEMININO

Estados Unidos e Chile brigam pela medalha de bronze. Canadá vence Colômbia e fica com a quinta colocação.

Foi definida na tarde de ontem (25) a grande final do vôlei feminino no I Fisu
America Games. Brasil e Argentina jogam às 14h na quadra do Centro Paralímpico Brasileiro (CPB).
A primeira semifinal foi entre o Brasil e o Chile. O time brasileiro vinha de duas
vitórias, ambas por 3×0, sobre Colômbia e Estados Unidos, enquanto as chilenas venceram o primeiro jogo contra o Canadá e perdeu o segundo para a Argentina, ambas partidas pelo placar de 3×1. A equipe da casa venceu por 3×0 e garantiu a vaga na final.
No primeiro set o time chileno cometeu muitos erros de recepção, o que
prejudicou bastante o jogo das adversárias do Brasil. O time da casa, é claro, se aproveitou destes erros e fechou em 25×18. No segundo set, o Brasil voltou para a quadra jogando muito bem e com grande solidez ofensiva e defensiva, vencendo por 25×12 sem grandes dificuldades. Já no terceiro e último set o Chile voltou melhor postado defensivamente em quadra, mas não foi o suficiente para parar o ataque brasileiro. O Brasil fechou o set em 25×19 e o jogo em 3×0.
O Brasil encara na final a Argentina, que venceu a equipe dos Estados Unidos
pelo placar de 3×1. A Argentina vinha de duas vitórias, também por 3×1, contra
Canadá e Chile. Já a equipe norte-americana vinha de uma vitória contra a Colômbia, na estreia, por 3×0, e uma derrota – contra o Brasil, por 3×0.

Argentinas comemoram a vaga na final Foto: CBDU/Kaizen Filmes

O primeiro set, vencido pelas argentinas por 25×15, foi marcado pelos erros de
ataque norte-americanos, que custaram o set. Já no segundo set os EUA começaram jogando muito mal, ficando até cinco pontos atrás das adversárias no placar. Porém, depois de uma boa sequência de saque, as estadunidenses voltaram para o jogo e se encontraram, tanto defensiva quanto ofensivamente, fechando o set por 25×20, de virada, empatando a partida. No terceiro set os EUA começaram novamente jogando mal, errando muitas bolas. A Argentina se aproveitou e abriu uma boa vantagem. No meio do set a equipe norte-americana até tentou se recuperar, mas já era tarde demais. Set vencido pelas argentinas por 25×22 e vantagem por 2×1 na partida. O quarto e último set foi marcado pelo equilíbrio do início ao fim, onde até os 17×17 nenhuma das duas equipes tinha conseguido abrir dois pontos de vantagem para as adversárias. Os pontos foram extremamente disputados e os EUA mostraram que não queriam vender a vitória de forma barata. O placar final do set, de 26×24 para o time sul-americano mostra bem o equilíbrio.
Antes das semifinais outro confronto entre América do Sul e do Norte ocorreu
na quadra do CPB. Canadá e Colômbia jogaram para definir quem ficaria na 5ª
colocação. As canadenses, que vinham de duas derrotas (contra Chile e Argentina, ambas pelo placar de 3×1) venceram as sul-americanas por 3×0, sem muitos sustos. O primeiro set foi de total domínio das canadianas, que venceram por 25×12 e abriram 1×0 no jogo. O segundo set foi marcado pelo equilíbrio, mas por uma razão não muito usual: os erros. Ambas equipes erraram muito durante o set, onde quase todos os pontos faturados por ambas as equipes foram conseguidos por falhas ofensivas. O Canadá, que errou menos, venceu o set por 25×21 e fez 2×0 na partida.

No terceiro e último set a equipe canadense se beneficiou dos erros das colombianas, principalmente nos saques. Vitória no set por 25×18 e na partida, por 3×0, garantindo oCanadá como a 5ª melhor equipe de vôlei universitário das Américas. Beathan Thomas, treinador da equipe canadiana se diz desapontado por não poder jogar por uma medalha, mas feliz com a vitória e com o que o time apresentou em quadra. “Tivemos hoje uma chance melhor de colocar em prática nosso plano de jogo e isso resultou um jogo difícil para elas [colombianas]. Jogamos bem defensivamente, nosso serviço as deixou em apuros em alguns momentos. Estou feliz que jogamos bem e vencemos”.
Thomas também destacou as lições que leva para o seu país depois deste
torneio. “Precisamos aprender a jogar duro desde jovens. Não podemos só focar no físico, a técnica também precisa melhorar. Eu vejo as brasileiras calmas, com umsistema de jogo, com controle de bola, e isso as faz serem superiores a nós. Então o que podemos levar daqui é que precisamos treinar mais forte e melhorar alguns aspectos se quisermos evoluir nosso jogo”.
O treinador finalizou comentando as melhoras que o time canadense teve no
decorrer do torneio. “Nossa comunicação, nosso bloqueio – já que somos um time alto–, a conexão entre as levantadoras e as centrais e as nossas bolas rápidas melhoraram bastante”
O Canadá ainda disputa sua última partida, um amistoso contra a equipe da
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) campus Baixada Santista nesta quinta-feira. Todas as partidas desta quinta serão disputadas no Centro Paralímpico Brasileiro, que fica na Rodovia dos Imigrantes km 11,5, s/n, Vila Guarani, São Paulo. A entrada é franca.

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