Não há como negar que Diana, princesa de Gales, foi e ainda é uma referência e que atraí o interesse de milhares de pessoas. Durante sua vida, a ‘princesa do povo’ – como era chamada, foi uma personalidade influente, que esbanjava carisma e dedicação a causas sociais. Ela integrou a Família Real Britânica entre 1981 e 1996 devido ao seu casamento com o Príncipe Charles; primogênito da Rainha Elizabeth II. Dividir o mesmo espaço que ela era mágico, e uma oportunidade para poucos. E quebrando todas as regras, a CBDU conseguiu esse feito e ainda mais: foi eternizada como lembrança para Lady Di.
O feito aconteceu em 1983, durante a 12ª edição da Universíade, em Edmonton, no Canadá. Taner Freire de Verçosa, presidente da CBDU na ocasião, estava presente no evento e relembra o momento: “Lá nós recebemos a visita do príncipe Charles e da princesa Diana e, por coincidência, os Jogos foram marcados para começar no dia 1º de julho, data do aniversário dela”. Ao todo, 60 mil pessoas participaram da cerimônia de abertura, e delegações de 73 países competiram. “A abertura foi no Estádio Commonwealth, e todos cantaram parabéns para Lady Di, em coro, foi muito intenso e emocionante”, complementa Taner.
E a história só fica melhor. O casal real fez uma visita ao alojamento dos atletas, e para a recepção foi organizado um corredor – com os dirigentes dispostos em ambos os lados. E o cerimonial foi bem claro: em hipótese alguma os presentes poderiam sair do espaço demarcado e cumprimentar o casal. “Foi uma comoção geral, uma vibração muito grande”, destaca Taner. “Ela [Diana] tinha um carisma impressionante e maravilhou todo mundo, foi unanime isso lá”.
A CBDU entra na história no momento em que a Lady Di passou perto de Taner, e o então presidente da Confederação quebrou o protocolo: “Quando ela se aproximou de onde eu estava, eu logo peguei um pin da CBDU e ofereci para ela”, afirma ele. Ele ainda conta que ela foi receptiva ao cumprimento, e gentilmente apertou a mão dele. “Ela ainda perguntou de onde eu era, e com orgulho, eu disse ‘Brasil’”, acrescenta Taner. E assim, a Princesa Diana levou para casa, como recordação, um pin do Brasil, um pin da CBDU.
– Foi um momento único, e na hora a emoção é tanta que não passa nada na sua cabeça. Depois é que a ficha caiu e eu relembrei tudo várias vezes. A Lady Di era muito simpática, transmitia uma alegria, uma nobreza, uma paz muito forte. Foi uma coisa ímpar, gratificante e muito emocionante. A energia da reação das pessoas frente a família real é muito forte, muito impressionante – finaliza Taner.
A grande campeã da Universíade de 1983 foi a delegação da antiga União Soviética; hoje Rússia. Mas o Brasil também fez bonito e foi a única delegação da América do Sul a entrar no quadro de medalhas, com duas medalhas de bronze e uma de ouro. A medalha dourada foi do time feminino de voleibol – que pela primeira vez na história conquistava um título mundial. Já as de bronze, foram do atleta da natação Ricardo Prado; nos 200 e 400 metros medley. Um evento que entrou para a história e para a memória da CBDU.