Medalhista brasileira recorda o sonho de representar seu país no segundo maior evento esportivo do mundo
Dia 30 de agosto de 2017 marcou o final da 29º Universíade de Verão. Após um ano da competição em Taipei, na China, as conquistas dos atletas universitários brasileiros ainda refletem em suas vidas esportivas. Com dois ouros, quatro pratas e seis bronzes, o Brasil terminou a disputa em 28º lugar no quadro geral de medalhas. O país competiu em Taipei com a maior delegação de sua história, de 180 atletas, e teve a maior parte dos seus pódios no judô, esporte que garantiu sete das 12 medalhas brasileiras.
A judoca Bárbara Timo, medalhista de ouro em Taipei, relembra com carinho da competição: “Foi a melhor experiência da minha vida até hoje. Minha primeira edição foi em Kazan em 2013. Lá pude ganhar experiência e entender que eventos desse porte funcionam de um jeito diferente. Ganhar o ouro 4 anos depois foi realmente especial, principalmente pela parte psicológica. Ali pude ter a certeza que funciono sob pressão e que eu superei crenças limitantes. Sem dúvidas foi uma excelente conquista pessoal. Aumentei minha confiança e obtive bons resultados depois”, se orgulha a atleta que, ainda em 2017, acumulou ouro no campeonato paulista, no campeonato brasileiro, no Troféu Brasil e no Grand Prix Zagreb. Em 2018, Bárbara garantiu o 3º lugar da sua categoria no Grand Slam Ekaterimburgo e ficou em primeiro no Open Buenos Aires.
Além de Bárbara, o time feminino de futebol também subiu ao lugar mais alto do pódio na China. As brasileiras conquistaram o ouro após prorrogação na final contra o Japão. Os medalhistas de prata foram Gabriela Chibana e Eleudis Valentim, também do judô. O medalhista olímpico da Rio 2016, Maicon Andrade, faturou o segundo lugar de sua categoria no taekwondo em Taipei. A última prata veio da natação com Ítalo Manzine nos 50 metros livre. Os bronzes vieram com os judocas Vinicius Panini (-81kg), Ruan Isquierdo (absoluta), Tamires Crude (-57kg) e com a equipe masculina de judô. Completando os medalhistas, o nadador Henrique Martins faturou 3 º lugar nos 50 e nos 100 metros borboleta.
Em Taipei, o resultado brasileiro foi o melhor entre os países sul-americanos. Ciente da importância da competição e do esporte universitário, Bárbara deixa um recado para os atletas brasileiros: “Aconselho que busquem sua vaga na Universíade. É uma experiência incrível e uma baita vivência com formato olímpico”, finaliza.
As competições do calendário esportivo universitário brasileiro se apresentam como uma das formas de convocação para as vagas na disputa internacional, que acontece a cada dois anos. A próxima Universíade de Verão já tem data e local. A competição irá acontecer em Nápoles, na Itália, entre os dias 3 e 14 de julho de 2019.
Por Clara Aguiar
