Retrospectiva 2017: Jogos Paralímpicos Universitários
Evento, realizado em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro, foi sediado em São Paulo, entre 27 e 29 de julho
São Paulo recebeu em julho a edição 2017 dos Jogos Paralímpicos Universitários, competição realizada em parceria entre a Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU) e o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Realizado no Centro de Treinamento Paralímpico, o evento contou com a participação de 200 atletas, de 21 estados, nas modalidades bocha, judô, tênis de mesa, atletismo, natação e parabadminton.
Na ocasião da Cerimônia de Abertura, o presidente da CBDU, Luciano Cabral, considerou a competição um marco fundamental para o paradesporto universitário no Brasil. “Estamos aqui hoje cumprindo com o nosso papel de realizar não apenas esses Jogos, mas, a partir daqui, criar uma plataforma do esporte praticada dentro do ambiente universitário, assim como fazemos com o desporto convencional. É assim que se forma um país, uma sociedade, investindo na educação e usando o esporte como ferramenta de construção desses profissionais”.
O presidente do CPB, Mizael Conrado, destacou a parceria com a CBDU. “Esta é uma grande edição, e cumprimento o Luciano pela parceria, com objetivos muito claros e em comum entre essas duas organizações”.
Estrelas do esporte participam dos Jogos Paralímpicos Universitários
Atletas do alto rendimento e detentores de participações em grandes eventos esportivos marcaram suas participações nos Jogos Paralímpicos Universitários. Um deles foi o estudante Ronystony Silva, bicampeão Mundial, com duas Paralimpíadas no currículo e ainda várias medalhas em Parapan-Americanos. E no Universitário não foi diferente. Rony terminou uma das disputadas, nos 100m livre, com o ouro. “Esta é a minha primeira participação em uma competição universitária, um acontecimento importante que servirá de teste para a disputa do Nacional Paralímpico, valendo índice para o Mundial”, pontuou o aluno-atleta da UniSantanna, de São Paulo.
Estudante de Educação Física, Rony pretende utilizar o conhecimento adquirido na universidade para dar continuidade aos treinamentos do alto rendimento e também aplicar as técnicas junto a outros nadadores. O atleta começou a competir em 2008, após sofrer um acidente de bicicleta que ocasionou uma lesão em sua coluna cervical. “Tive que trocar o osso que foi esmagado e colocar uma placa de titânio. Foi uma queda boba que se tornou complicada, mas desde então sigo sempre em frente, olhando o horizonte. Nunca olho para trás”. Hoje, ele compete pela Seleção Brasileira e mira no Parapan de 2019 e nos Jogos de Tóquio 2020.
O atleta compete nas Classes S4, SB3, SM4. Na S4, ele nada em duas categorias, os 50m costa, 50m livre, 200m livre e 100m livre. Na SB3, ele nada os 50m peito, que é dividido por lesão. Na SM4, Rony nada os 150m medley.
Próximas competições paradesportivas universitárias
Dentre as próximas competições que abarcarão o paradesporto, o presidente da CBDU citou os Jogos Universitários Brasileiros (JUBs), que em 2017 contaram com as duas modalidades já atendidas em 2016 – natação e tênis de mesa –, além do atletismo, e os Jogos Universitários Pan-Americanos, em 2018, primeiro evento internacional do paradesporto universitário, novidade que foi recebida pelos alunos-atletas com muitas palmas e gritos de empolgação.
Durante a Cerimônia de Encerramento, foram reveladas as Instituições de Ensino Superior campeãs na classificação geral, no masculino e feminino. Confira quem levou o troféu:
Feminino:
1° lugar – Faculdade do Clube Náutico Mogiano – SP
2° lugar – UFPR-PR
3° lugar – UNOPAR
Masculino:
1° lugar – Fundação de Ensino Superior de Bragança Paulista – SP
2° lugar – Estácio de Sá – RJ
3° lugar – Max Planck – SP