Danilo explica que o desenho elaborado por ele traz as letras J, U e B, iniciais do nome da competição, na forma das linhas, e que a junção delas, ao centro, representa uma bola em movimento. Todos os elementos tipográficos do cartaz foram feitos a mão por ele, que desenhou um a um. “O próprio desenho das letras, como eu era estudante e não tinha grana, eu desenhei toda a tipografia. Tanto que a qualidade é bastante primária”, destaca Danilo. Ao resgatar o momento na memória, o arquiteto diz que sente emoção, “porque foi o primeiro prêmio da minha carreira, então foi um evento que me impulsionou, e que me deu realmente mais vontade de atuar”.
Apaixonado por designer gráfico, o concurso da CBDU foi o primeiro entre muitos que Danilo viria a ganhar. Em 1990 foi responsável pela criação do símbolo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), em 1999 foi premiado na Bienal de Arquitetura de Brasília com o projeto para o conjunto arquitetônico do STJ – em conjunto com outras 4 pessoas, e em 2009 venceu o concurso da logomarca dos 50 anos de Brasília.
Já no mercado de trabalho, Danilo foi professor na UnB entre 1979 e 2003, e arquiteto na Companhia de Planejamento de Brasília (Codeplan), onde coordenou seu projeto mais famoso: o plano de sinalização de Brasília, um ícone na identificação da cidade. Em 2012 o projeto rompeu fronteiras e foi reconhecido internacionalmente, quando uma das peças passou a integrar o acervo permanente de arquitetura e design do Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova Iorque.