Um dos grandes nomes da história dos Jogos Universitários, o ex-atleta estreia como treinador
Felipe Augusto – CBDU
Medalha de ouro na Universíade 2005, participante das Olimpíadas de Pequim 2008 e Londres 2012, bronze no Pan de Santo Domingo 2003 e Rio de Janeiro 2007, dez ouros em Jogos Universitários Brasileiros (JUBs) e, agora, treinador da equipe feminina de atletismo da Federação Universitária Gaúcha de Esportes (FUGE) na 66ª edição do evento. Esse é Fabiano Peçanha, de 36 anos, nascido em Cruz Alta (RS), com longa carreira em provas de 800 e 1500 metros rasos.
Depois de encerrar a carreira, o ex-corredor não ficou longe da pista de atletismo. Em 2016, ele criou um projeto social em Santa Cruz do Sul, em parceria com a UNISC, para treinar jovens. Em Maringá, ele estreia como treinador do time gaúcho. “Eu adorava ser atleta. O sentimento de estar na pista competindo e ser responsável pela conquista é indescritível, mas agora levo minha experiência para os atletas que comando. Eu vivi tudo isso. A gente aprende e consegue ter a tranquilidade de passar isso para eles, que podem se assustar com alguma situação”, cita Fabiano.
O gaúcho tem uma vasta experiência no desporto universitário, onde conquistou o título mais importante, a melhor marca na carreira e mais de uma dezena de medalhas em edições dos JUBs. “Eu não me desliguei dos eventos universitários. Além das minhas medalhas como atleta, eu trago as medalhas que a equipe feminina vem conquistando nessa edição”, frisa o treinador.
Eventos desse porte são tratados por Peçanha como de “total importância”. Segundo ele, sempre fala aos atletas que o atletismo é um meio e não o fim, sendo um meio que pode facilitar os estudos, para ter uma profissão e uma cultura melhor. Com o esporte, ele viajou para 46 países e agradece ao atletismo por isso. Devido a essa importância, Fabiano cita que os JUBs não podem terminar e que tem que crescer cada vez mais.
“Eu acredito que muitos dos atletas de alto rendimento passaram e têm títulos pelos Jogos”. Para exemplificar o alto nível, o treinador fala de Paulo André Camilo, que está próximo de ser o primeiro atleta brasileiro a chegar na casa dos nove segundos. “São resultados superfortes. A marca dele nos JUBs é índice para Mundial e Olimpíadas. Isso mostra como o nível técnico é alto”. O sonho olímpico foi vivido por Fabiano, que cita o evento como algo inexplicável, onde se precisa vivenciar o momento e contemplar.
Uma das atletas treinadas é Jaqueline Weber, de 23 anos, que é acompanhada por ele desde o início da carreira como treinador. Ela segue os passos do tutor, pois também compete nos 1500 e 800 metros rasos, onde conquistou o ouro e prata, respectivamente, nos JUBs 2018. “Sem dúvida alguma, ele é uma grande inspiração e exemplo em todos os quesitos. Além de atleta e treinador, ele também nos representa na luta por todos os esportes. É um fomentador”.
Fabiano começa a trilhar um caminho de sucesso na carreira como treinador, como teve quando atleta. É o início, mas sempre valorizando o desporto universitário, pois é de alto rendimento.
Os JUBs 2018 são uma realização da CBDU, em parceria com a Secretaria de Esportes e Lazer da Prefeitura Municipal de Maringá e da Federação Paranaense de Desportos Universitários (FPDU). Patrocínio CBDU: Correios. Apoio CBDU: Gympass e SuperBolla. Parceria Institucional: Ministério do Esporte, Comitê Olímpico Brasileiro e Comitê Paralímpico Brasileiro.